Afinal, do que valem as palavras?
Uma imagem vale mais que mil palavras, quantas palavras cabem em mil imagens?
Afinal, onde estavam as palavras? Onde estavam elas nas horas certas? Sempre no lugar errado.
Quando delas precisei, onde estavam as palavras? As exatas, as sinceras, aquelas que se encaixariam perfeitamente?
E quando não deviam elas aparecerem, lá estavam elas! Intrusas, descabidas, descaradas..
De um canto da onde não deviam ter saído, apareceram as palavras.
Eu amava as palavras, elas me traíram. Se me amassem, apareceriam agora, perfeitas, ideais, e deixariam esse texto belo, sonoro, cativante. Mas onde estão elas? As mais belas? As mais rebuscadas? Será que não as conheço? Será que se escondem e não querem me ver?
Cansei de procurá-las, dizê-las, decifrá-las. Não grito mais com palavras, grito com meu olhar: meu olhar tem um milhão de palavras que não conseguem dar as mão para criarem um ritmo, uma lauda, uma frase. Elas não se entendem, não se conhecem, ou simplesmente não se dão bem umas com as outras.
Eu amei as palavras. Amo e odeio as palavras. Eu me vingo das palavras com o silêncio.
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